Desculpe, não sou normal

 

Não importa o quanto você corre, foge ou o quanto tenta se esconder, o fim do dia sempre chega para que um novo possa começar. Um dia ouvi um amigo me dizer “você não é normal rs”. Hoje parando pra pensar percebi que ele tinha razão, afinal não sou normal mesmo, acho e tenho 99% de certeza que não sou desse planeta...

Gosto do meu mundo de onde eu “sou”, falando assim parece ate que sou um extraterrestre neh rsrs. Eu queria que as pessoas me compreendessem, mais compreendessem de verdade, mais isso é impossível, queria que as pessoas me conhecessem mais nunca serei eu por inteira, só metade, tenho sorte que ninguém consegue ler meus pensamentos, por que se não xiiii já estaria perdida rsrs.

Às vezes me pego olhando para uma criança na rua com aquele olhar doce meigo não tem inveja maldade nem muito menos malícia, queria voltar a ser criança, pode? rsrs. Às vezes naquelas noites frias de inverno me pego pensando no mendigo la na rua sem ter o que cobrir vestir ou dormir... Às vezes me pego observando a lua, há como é linda principalmente se estiver na fase cheia, obra perfeita do maior artista, meu rei. Às vezes me pego olhando um casal de velhinhos de mãos dadas felizes da vida, peles flácidas cabelos brancos, caminhar devagar e calmo mais com um olhar de ternura e amor um pelo outro, será que um dia serei assim também? Tomara neh rsrs.   

Às vezes me pego lembrando como é bom um abraço aquele bem forte sabe, aquele que você não pede, simplesmente ganha, aquele que aquece o corpo e a alma. Às vezes me pego pensando como é bom ganhar uma surpresa ou dar uma, é uma sensação ótima, prova que somos especiais que durante alguns dias fomos o pensamento de alguém em elaborar tudo aquilo fica pra sempre na memória, pelo menos na minha fica, já que afinal não sou normal neh rsrs. Às vezes me pego pensando como é bom conversar sorrir, mais conversas sorrisos saudáveis sem malicias nem segunda intenções e muito menos sem ofender ou diminuir alguém. Às vezes me pego relendo as cartas feitas a punho que recebi, há como é bom ver aquele papel e aquelas letrinhas, nada se compara a um papel escrito destinado a você, mil vezes melhor que essas novas tecnologias, onde te marcam só para aparecer e tal.

Às vezes me pego agradecendo por ter pais tão bons, pais que me amam, que me ensinaram a ter respeito juízo fé e a me cuidar, pais que realmente me criaram não apenas puseram no mundo, com aquele tema clichê “há filho a gente cria pro mundo” não filho a gente cria pra gente pra ser livre mais também pra sempre voltar pro ninho, pra voltar não porque fez burrada mais pra agradecer da conquista que através dos belos ensinamentos e conselhos conseguiu.

É realmente não sou normal cheguei a essa conclusão, quem nesse mundo de hoje das novas tecnologias parar e pensa nessas coisas haha, vão rir de mim isso sim, às vezes me canso de ser assim “anormal” às vezes tenho vontade ate de parar de escrever, mais ai depois paro e penso que esse é o meu diferencial se vim pra esse mundo é pra mim fazer diferença mesmo que ninguém se importe, é isso que me completa ser assim tão diferente, então vou ficando aqui com meus pensamentos e textos, e seguindo a vida, e quando alguém me pergunta “se sou normal” eu direi não, ainda bem que não, sou intensa demais pra esse mundo.    

Cláudia Goliver