Modo automático

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Hoje pela manha recebi uma mensagem de uma amiga “Oie bom dia tudo bem? Ótimo dia pra você” Lendo aquela pequena frase me passou tanta coisa na cabeça, o que responder? Aqui dentro não estava nada muito bem, a saúde estava boa sabe, mais o interior sei la o espírito estava cansado, eu estava cansada, chega uma hora que ficamos assim, cansa cuidar tanto das pessoas e elas não retribuir, estava cansada de ser tão sincera e intensa, de não saber amar pela metade, ou tudo ou nada, cansada de quebrar a cara em amores tão rasos, cansada de em meio a tantas pessoas me sentir sozinha, cansada em meio a tantas fotos sorrindo e por dentro lágrimas, cansada de sempre ser uma boa filha amiga... Estava cansada, mais em meio aquela mensagem tão programada esperei apenas alguns minutos e respondi “Oie tudo bem sim igualmente”
Sabe o porquê desta resposta? É que às vezes estamos tão sei la cansados pra baixo que é complicado ate de se explicar, meio que não compensa e principalmente pra essas pessoas que vem programadas no automático, e cá entre nós quantas vezes já mandamos um “Tudo bem?” automático não nos importando muito com a resposta, ou no fundo nem querendo saber se o outro estava realmente bem mesmo ou não, é sei já fiz isso varias vezes confesso, é coisa do ser humano mesmo...
Com o tempo aprendi a diferenciar os “Tudo bem!” dos “Tudo bem contigo?” olhando não tem quase nada de diferente ne, apenas uma palavra a mais e um ponto trocado, mais não, tem muita diferença, sei quem realmente quer saber como estou e quem simplesmente pergunta somente por perguntar, agradeço estas mensagens automáticos e não culpo ninguém por ser assim, e por favor não parem de mandar já me acostumei e quem sabe um dia juntos sairemos desse modo automático, mais sou imensamente grata a quem é sincero comigo e esta sempre pronto a me ouvir a saber como realmente estou, e bom com estes não respondo apenas que “Estou bem sim” com estes em me abro ou em rios de lágrimas ou em cachoeiras de risos. Ainda existem pessoas que valem a pena, pessoas de verdade, pessoas que em meio à correria do dia encontram um tempinho pra nos ouvir, ainda bem que existe!
Com pessoas robóticas ajo no modo automático, com pessoas sinceras verdadeiras humanas ajo com o coração, e bom sempre fui mais coração do que qualquer outra coisa, e nunca me arrependi disso, de volta em meia me esbarro com quem é todo coração também e nos completamos...

Cláudia Goliver

“Um escritor nem sempre é aquilo que escreve, ele é sempre mais, muito mais...”

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