Quantas vezes você já disse “nunca mais vou me apaixonar” E ai deu certo?

Quem você seria sem amor? Quem você seria sem o
frio na barriga ao perceber que aquela pessoa está vindo e você não sabe nem o
que falar? Quem você seria sem o coração disparado logo pela manhã ao perceber
que recebeu uma mensagem de “bom dia”?
A gente teima em dizer que amor não existe, não
é mesmo? Tenta dizer que não vai amar outra vez, que não vai acreditar em
promessas vazias novamente, que não vai se entregar por inteiro por mais
ninguém… Mas de repente você está ali; se despedaçando aos poucos, sem
perceber.
Se o amor não existisse, talvez você não se
despedaçaria por ninguém. Você seria inteiro para sempre. Mas, cá pra nós. Iria
valer a pena? Ser inteiro e não ter com quem dividir nem um
pedaço da pessoa que você lutou para se tornar? Será que realmente compensa ser
feliz sozinho, ficar triste sozinho, ter um coração batendo sem motivos, sem
uma voz do outro lado?
Eu sei que às vezes a gente acaba se decepcionando
e desistindo. Mas será que até mesmo uma decepção não é melhor do ficar só na plateia
da vida? Uma decepção quer dizer que pelo menos você tentou, se entregou, se
doou, mesmo sem receber nada em troca. Pelo
menos você viveu, por algum tempo.
Sem amor a sua vida seria longa demais. E mesmo
assim, ainda existiria a possibilidade de se decepcionar consigo mesmo. A gente
vive fazendo isso, né?
Uma vida sem amor teria menos sentido do que
aquele término inesperado que joga para longe anos e anos de planos a dois.
Pode acreditar.
O amor nos faz de palhaços todos os dias. A
gente ri. Chora. Se diverte. Se emociona. Se ilude… Mas no outro dia tem mais.
E a gente volta. E ri de novo. Sabe por quê?
Porque, no fundo, sabemos que sem amor não
seríamos ninguém.
P.s: Texto lindo e gostoso de se lê escrito pelo
talentoso Neto Alves do blog http://eoh.com.br
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