Jardim Fecundo

 

Hoje, ouvindo uma colega de trabalho dizer algumas coisas, me deu uma dor no coração de pensar em quão destruída está a mente das mulheres e moças, já tomadas pelo feminismo. Ela dizia, com toda firmeza do mundo, que não quer casar, não quer ser sustentada por um homem, não quer depender dele, e muito menos quer ter filhos; terá Pets, afinal, é a mesma coisa, segundo ela. Ouvi aquilo e fiquei refletindo que ela não é a única com esses pensamentos. Quantas e quantas mulheres pensam assim... E eu também já fui assim, não tanto ao extremo, mas algumas raízes já cresceram em mim e, graças ao bom Deus e aos cuidados da Virgem Maria, consegui arrancá-las do meu coração.

Hoje em dia, eu consigo contemplar a tamanha perfeição e beleza que é ser mulher segundo o coração de Deus, como e o porquê Ele nos fez assim: um ser todo afetuoso, doce, sensível e frágil, que recebeu a graça de gerar uma vida. Já parastes para considerar que tamanho privilégio é esse? Não vou negar que tem seus incômodos de todo mês, que são chatos pra caramba, que os hormônios nos deixam loucas, que temos dores...  Porém, todo mês o nosso corpo está ali se preparando para receber uma vida, e se ela não chega, ele sangra. E sangra realmente de dor aquele corpo que, por livre espontânea vontade, opta por não gerar uma vida, por causa do egoísmo, por negar ser inteira, mesmo sendo casada; por preferir somente o prazer, por medo de se doar, por achar que filho atrapalha a vida do casal, sendo que isso é dom e só agrega e multiplica o amor.

Hoje em dia, eu compreendo como é belo ter alguém de quem eu “dependo”; como é belo saber que terei alguém ali, que é mais forte do que eu, me protegendo, amparando e cuidando; alguém para dividir a vida, as dores e alegrias. Hoje, eu compreendo que esse depender e ser submissa é muito especial, pois é ser como a Igreja, que é submissa a Cristo. Não é algo deturbado, como se vê hoje em dia, como se a submissão fosse algo mal e opressor. Ser submissa é estar sob uma missão, a missão de gerar vidas, sejam biológicas ou espirituais. Nós mulheres nascemos para isso: gerar, cuidar e amparar. Uma casa sem uma mulher é uma casa fria.

Ser submissa é estar ao lado, e não na frente ou atrás. Ser submissa é saber e encontrar o nosso real papel na sociedade; é ser doçura e alegria neste mundo tão egoísta. É saber também que terei alguém para cuidar, me doar, servir, não como uma escrava, mas por amor, por escolha, por decisão, pois o amor é isso: servir e cuidar, como uma rainha, a rainha do lar. Ser submissa é amar e ser amada. E quem não quer ser amada de verdade? Ser amada pelo o que somos, pelo todo, corpo e alma, defeitos e qualidades, e não apenas ser desejada pelo nosso corpo. E, além disso, ser considerada uma alma amada por Deus, e não um objeto descartável.

Hoje em dia, com a graça divina, eu conto os dias para poder viver isso, para ser sim dependente de alguém, para saber que terei uma mão forte ali me segurando e me ajudando chegar ao Céu, pois é lá que desejo chegar. Quero ser uma pequenina flor nas mãos do meu Senhor, ser um jardim fecundo, unir minhas dores diárias à cruz de Cristo, ter um sentido na vida, deixar uma marca. E, quando eu me apresentar a Deus, quero ter as mãos repletas de boas obras, de almas, e não de Pets ou do meu egoísmo. Espero, ansiosa, pelo dia em que eu vou acordar e ter aqueles olhinhos dizendo que me amam e que precisam de mim, aquelas mãos pequeninas e gorduchas a me acariciar. Filho é dom de Deus! Pode ser que eu nunca tenha nenhum, não porque escolhi não tê-los, mas, talvez, porque seja esta a vontade de Deus. Porém, Ele conhece meu coração e sabe do que anseio, e que se faça o melhor para mim, pois é Ele o dono da minha vida, e não sou eu quem dito as regras.

Que a maior das mulheres, Maria Santíssima, nos ensine a sermos verdadeiras mulheres. Mulher, esse ser tão dotado de ternura, feminilidade... Esse ser que é colo de mãe! Portanto, sejamos o sol da casa, um jardim fecundo... Que possamos espalhar amor por aí. O mundo está tão ruim porque falta amor, doçura e beleza. Faltam mulheres que saibam realmente amar e receber amor.

Cláudia Goliver

 

P.s: Texto revisado pela minha querida Isis Costa, ela também escreve e lindamente, estou chique agora haha, textos sempre revisados. 

Comentários

  1. Obrigada pela referência! ❤️
    Ótima reflexão! Gostei muito da parte: "Porém, todo mês o nosso corpo está ali se preparando para receber uma vida, e se ela não chega, ele sangra."
    Que possamos ser um jardim fecundo, pela intercessão da Santíssima Virgem.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O que é distancia

Carta ao meu futuro marido

As formas de amar