Meus casos de amores

O primeiro amor a se despedir de mim foi o do
Matheus. Eu tinha uns 11 anos – os amores infantis não contam nessa lista de
despedidas. Éramos muito amigos bem agarrado um no outro e ele era bem popular e
lindo com aqueles olhos verdes. Minha amiga por brincadeira chegou gritando na
sala inteira que eu gostava dele, sabe aquele gostar bobo de criança pra
pré-adolescente mais que marcou, e bom depois disso ele se afastou e nunca mais
nem olhar na minha cara ele olhou, não sei se foi por vergonha ou o que...
Alguns anos depois foi a vez do Richard.
Aproveitamos um tempo legal, ele ia me vê na escola, conversas por ligações,
ate uma carta ganhei dele com direito a ilustrações. Ate que eu tomei a decisão
de terminar “Você quer algo sério e não estou pronta pra isso agora“. E
lá se foi. Levou um bom tempo para eu o reencontrar novamente, e nu é que ele
estava mais bonito e acho que mais maduro.
O outro a se despedir de mim foi o Otavio éramos
mais amigos do que um casal sabe mais eu não esperava por aquele final. Ele
disse que me achava legal, mas me “amava só como amiga e que eu merecia
coisa melhor“. Aquelas desculpinhas difíceis de digerir, que a gente fica
ruminando por um bom tempo, repetindo as palavras “amiga, amiga, amiga”.
E agora vendo tudo que passamos sei que foi a melhor opção a se fazermos, hoje
em dia ainda somos amigos e bons amigos, dessa despedida não me arrependo,
valeu muito a pena.
A despedida seguinte do meu quarto amor foi a
mais dolorida, com certeza. Novamente, por iniciativa minha… Às vezes me
pergunto se tomei a decisão certa, porque não sinto totalmente a sensação de
“caso encerrado” como nas outras vezes. E, mesmo sem ter mais contato, acho que
o Michel pensa o mesmo. Talvez alguns “adeus” não deixem essa estranheza de
“nunca mais vamos nos ver”.
O quinto amor foi sério e com duas despedidas. A
primeira delas, depois de alguns meses juntos, o Félix disse: “Eu fiquei com
outra garota”. Meu coração partiu em dor e ódio. Voltamos um mês depois, mas eu
ainda não havia aceitado bem a situação. As palavras começaram a se misturar na
minha cabeça: “amiga, fiquei com outra, amiga, amiga, outra“. Resolvi
que era a vez de me despedir, sem voltar atrás dessa vez.
Mas aí veio você que, seguindo o sentido
contrário dos outros, me diz “Oi, amor Oi paixão Oi vida” todos os dias. E,
quando chega a hora de ir embora, logo complementa: “Não é adeus, é só até
logo. Até amanhã. Até eu dormir, porque vou te encontrar nos sonhos“.
Você é o amor que não se despede. É aquele que
diz que vai ficar – e fica. É aquele que agora me faz entender o porquê dos
outros amores terem ido embora, eram todos rasos demais pra mim que sou um
oceano de amores, e você, há você não tem medo de água ne rs... Você é o dono e
o motivo dos meus sorrisos, pois a felicidade é logo ali, bem dentro do seu
abraço.
Cláudia Goliver
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