Você foi o meu quase

Eu sei que não foi sua intenção. Você não sabia
que eu iria me apaixonar por você. Nem eu sabia que iria me apaixonar por você!
Pra ser sincera, eu estava tão desacreditada de qualquer tipo de sentimento,
que até eu me espantei. Tentei mandar as borboletas pro canto delas, mas elas
insistiram em permanecer no meu estômago. Fizeram uma festa colorida e clichê,
o que me deixou só mais nervosa. Nervosa, e palpitante. Não era para estar
acontecendo, certo? Não, não era!
Malditas borboletas. Maldito sorriso lindo que
você tem. O que tá rolando comigo, sério?
Ah não, não. Dessa vez não, por favor. Eu não
quero me apaixonar e ouvir você dizer que não vai rolar. Eu quero que role, que
enrole, que embole. Eu quero que você se grude em mim e fique. Mas você não é
desses, é? Não, não é! Você é livre, solto, descolado, desligado. Você não tá
pronto para se apaixonar por mim de volta e eu sei disso todas as vezes que eu
te olho. Você tá pronto pra viver um monte, mas eu ainda não tô nos seus
planos.
Eu sei que você deve achar que sim, que eu tô,
que você está deixando acontecer naturalmente. Mas eu sei lá no fundo que não
somos para ser e nem seremos. Você não tá preparado para me enxergar de verdade
e me permitir. Você tá louco pra fugir. Sim, senhor, para fugir. Você mal sabe
disso, mas quando percebe, logo muda. E eu caio. Caio porque espero que você me
entenda, e que me queira. Eu sei, maluquice.
É que pode parecer uma frase recém retirada de
uma música sertaneja (e é) mas “o nosso santo bateu”, me entende? Não foi culpa
minha. Eu nem queria que eles se esbarrassem para não ter o perigo de acontecer
uma merda dessas. Mas eles se trombaram com TUDO. Eu sinto muito por mim e por
você, porque no final, não vai restar nada de algo que eu sei que poderia ser
maravilhoso, sabe?
Porra – e estou usando isso como advérbio de
intensidade. Nosso lance poderia ser bom para porra! Mas não vai ser, ou vai?
Não, não vai! Não vai porque vai acabar assim que eu piscar os olhos. E vai ser
um saco ter me acostumado com o seu jeito apenas para ter que fingir que não
cheguei a sentir algo por ti. Vai ser difícil, e ruim. Sim, ruim.
Eu tô ficando louca, não to? Não, não to! É você
e esse efeito que você exerce em qualquer mulher. Pois é, que droga ter que
admitir que não sou a única vítima do seu charme. Queria até ser. Não, pera..
EU NÃO QUERO SER VÍTIMA DO SEU CHARME. Para de me tratar bem, vai. Eu não posso
me apaixonar por você e querer estar com você. Eu não posso porque eu sei que
nós daríamos tão certo se fosse em um outro momento da vida, me entende? A
gente iria ficar tão foda juntos.
Eu não posso me apaixonar por você porque vai
ser o mesmo que admitir pra mim que eu tive um cara assim na minha vida e ele
foi embora. E eu não quero que você seja esse cara, mesmo tendo essa sensação
lá no fundo do meu ser de que você será SIM esse cara.
Você vai ser o meu quase. Aquele que chegou
perto de ser algo e não foi. Não vou poder dizer que foi meu namorado, nem meu
ficante, nem meu amigo. Você só foi um quase alguma coisa que significou um
monte de outras coisas.
Ah...
Não seja o meu quase.
P.s: Texto tirado do blog http://www.isabelafreitas.com.br
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