Não transforme um encontro num “para sempre”

Tenho uma amiga que reclama que nunca encontra
ninguém legal, que todos os caras são cafajestes, que nenhuma relação tem
durado e continua a sua longa lista de queixas. Cita, inclusive, que a culpa é
dessa quantidade de mulher decotada em festa que estão sempre em maior
quantidade que homens e torna a busca por um Amor algo mais complicado do que
conseguir manter uma pequena empresa nesse país. Mais fácil sentar num boteco e
cuidar do fígado, porque do coração tá complicado. O grande problema,
entretanto, que vejo é que ela está sempre querendo fazer do próximo crush o
novo “felizes para sempre”. Não que ela sonhe com um cavaleiro e seu lindo
alazão branco, mas é que ela coloca tanta expectativa naquele momento que deixa
o rapaz tenso. Já chega com ciúmes, já chega com cobrança, já chega colocando
uma carga tão negativa que o boy simplesmente pensa “eu não quero mais conversa
com essa maluca”. Esse papel de “namorada” desde o primeiro beijo afasta muitos
caras. E, digo mais, o contrário também é perfeitamente possível. Vocês vão
concordar comigo que um cara que já chega querendo cercear o direito de
qualquer garota de postar foto, de sair com as amigas e parece que já age com
“atitude de dono” desde o primeiro encontro é de dar aquele famoso “bode” em
qualquer uma. A gente pega birra. Nojo. Quem hoje tá solteiro e se propõe a
conhecer alguém quer tudo menos um monte de mãos já dizendo para onde se deve
olhar, onde ir, com quem andar, o que fazer. E eu digo isso tudo a ela. Falo
que é preciso aproveitar os instantes com o carinha, ver se ele é legal, curtir
o papo. Se quiser que role algo mais, que role. Permita-se viver sem a pressão
de que no dia seguinte precisa rolar aquele “bom dia, dormiu bem?”. Se ele não
mandar mensagem, tudo bem. Se te esquecer, a fila anda. Só não dá é pra
transformar o próximo “quer fazer alguma coisa?” em “quer ficar pra sempre
comigo?”. Está mais que provado que as coisas vão dando certo aos poucos. Como
diz o Carpinejar “a carência é o pior dos cupidos”.
P.s: Texto do autor Gustavo Lacombe
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