Tempos de impaciência

Oi, sou eu. A mesma mulher que escreveu o texto “geração veloz” e que, não satisfeita, resolveu escrever agora sobre os tempos de impaciência. Cá entre nós, é uma continuação, uma vez que a geração impaciente é a mesma que escolhe ir veloz. Deus nos livre de ficarmos dois minutos esperando o aplicativo baixar, sete minutos esperando o Uber chegar, um minuto sem bateria. Porque, afinal, quanta coisa estamos perdendo nesses minutos, não é? E para ouvir o desabafo de um amigo? Daquele tipo longo, quase interminável, cujo conteúdo você já decorou? Uma olhada no Instagram, um “aham” para o amigo sem nem olhar no olho, uma resposta enviada no “WhatsApp”, um “você já sabia que isso ia acontecer” dito ao amigo assim, às pressas. Sem nem absorver o que foi dito. Cadê a paciência para escutar? Para dar a mão, o ombro, comprar cerveja, sentar no chão da sala, desligar o celular, ligar uma música e estar ali, no presente, para quem precisa. Vocês se conheceram em dezembro, quando tudo é fe...