Finais não são adiáveis
Quando eu gosto muito de algo, quero que essa determinada “coisa” dure pelo maior tempo possível. Devoro meu chocolate preferido devagar, entre a luta de saborear cada pedacinho que se desfaz na boca e manter o sabor doce pelo maior tempo possível. Leio as últimas páginas de um bom livro lentamente, vivendo entre a curiosidade de saber o que acontecerá e a tristeza do fim. Eu gosto de me iludir achando que a gente pode esticar um final como quem estica um chiclete que já perdeu o gosto. Mas, será que é saudável? Será que é suficiente? Tenho minhas dúvidas. É bom acreditar que o melhor dia da vida pode durar para sempre, que as pessoas podem mudar e que relacionamentos não acabam. Eu já lutei tanto, mas tanto, contra as marés que me diziam que aquilo não ia funcionar, que o seu jeito não batia com o meu e que merecíamos encontrar algo que realmente nos fizesse feliz. Mas o que fazer com o vício que tenho em permanência? Tenho medo de ir embora e perceber que o melhor era ficar. Si...